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Gatilho motivacional: qual é o seu?

Todo mundo começa a correr por algum motivo. Seja para acompanhar os amigos, ter mais desempenho e equilíbrio no dia a dia, perder peso, priorizar a saúde. Dificilmente você se vê competindo em uma prova por mero acaso. Sempre terá um porquê e junto com ele um objetivo. Para atingi-lo, é imprescindível que na trajetória do atleta – profissional ou amador – ele encontre gatilhos que o impulsionem a chegar lá. É assim no esporte e é assim também na profissão.

Ter um propósito é fundamental mas nem sempre o suficiente para fazer com que você saia da cama todos os dias em busca do objetivo que traçou. Para isso, não há remédio nem fórmula mágica: foco e disciplina precisam andar lado a lado com alguns impulsos que o façam querer atingir seu ponto de saturação. Para mim, os gatilhos motivacionais sempre funcionaram e continuam sendo essenciais. Seja um melhor tempo, uma prova mais longa, um desempenho acima do esperado, um novo cliente que quero conquistar para a minha empresa. Só consigo, de fato ir atrás daquilo que tracei como meta se conseguir ativar aquela chama que me faz querer isso mais do que tudo.

Descobrir qual é o seu gatilho motivacional vai fazer toda a diferença nas próximas corridas que encarar ou mesmo no desafio profissional que decidir enfrentar. Muitas vezes ele pode estar escondido nas coisas mais simples do dia a dia. Pode ser aquele e-mail de reconhecimento por parte do seu cliente, que o faz buscar ainda mais a excelência. Ou a vibração da sua família quando cruza a linha de chegada. Junto com a endorfina liberada pelo esporte creio que um gatilho é uma das melhores sensações que podemos ter ao buscar atingir uma meta ousada. Porque são estes detalhes que nos mostram o quão importante é o objetivo, o quanto estamos focados e como o reconhecimento ao nosso redor faz toda a diferença.

Se neste segundo semestre novas provas estão no seu radar e se você ainda não atingiu as metas que planejou para 2016, talvez seja a hora de parar e analisar. Afinal, o que o motiva a ir além? Por que, todos os dias, você sai de casa, vai à luta e consegue novos negócios, novos tempos e um melhor desempenho? Descubra quais as pequenas coisas que lhe fazem, de fato, feliz, realizado e pronto para continuar lutando e use isso a seu favor. A atmosfera da prova, a companhia dos colegas de corrida, a semana que terminou com a sensação de missão cumprida. Não deixe que estas pequenas conquistas ser transformem em rotina e busque nos gatilhos motivacionais a força para o sprint final. Porque 2016 ainda pode nos trazer boas e gratas recompensas e resultados. Esse é o meu gatilho. E o seu?

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Por que as empresas brasileiras não resistem à sucessão familiar?

Segundo o IBGE, apenas 30% resistem à segunda geração e só 5% continuam firmes na terceira. O consultor empresarial Roberto Vilela destaca quais são os erros mais comuns e ações que os empreendedores devem adotar no momento de passar o comando dos negócios para os sucessores

Elas estão em toda a parte e representam 40% do PIB brasileiro. Não há dúvidas de que as empresas familiares, que somam 90% dos negócios no país, de acordo com o IBGE, são a espinha dorsal da nossa economia. No entanto, um problema que atravessa décadas ainda assombra muitas dessas operações: como resistir à sucessão familiar, quando pesquisas mostram que o número de transições bem sucedidas é muito abaixo do esperado?

O consultor Roberto Vilela atua há 15 anos na Mega Empresarial e acompanha o processo em alguns e seus clientes. Ele destaca que o processo precisa ser levado a sério e que alguns erros se tornam comuns na maioria dos negócios. “A questão emocional está muito presente nessa situação. É impossível, na maioria das vezes, os envolvidos não levarem o assunto para a mesa de jantar e os encontros em família. Por isso a cautela e o auxílio profissional são essenciais”, diz.

Segundo Roberto, existem erros comuns na sucessão familiar que, se identificados com antecedência, podem ser revertidos. Ele destaca as ações para garantir o troca de comendo de forma eficiente:

O negócio da sua vida também é o do seu filho?
“Essa é a primeira pergunta que um empresário precisa fazer a sim próprio e ao sucessor. Pode ser filho, genro, irmão. Será que a pessoa que você escolheu para o substituir que assumir o desafio? Nem sempre. E o erro mais comum, que leva facilmente ao fim da empresa é a ascensão de herdeiros que não dividem do mesmo sonho do antecessor”, explica Roberto. Para ele, uma saída eficaz nestes casos é a criação de um conselho consultivo com membros da família e a contratação de gestores profissionais para os cargos de alto escalão.

Acabe com o conflito de gerações
Pais e filhos divergem e nos negócios não será diferente. O consultor da Mega ressalta que na empresa não há espaço para teimosias ou birras e que as opiniões precisam ser respeitadas. “Não importa qual o laço familiar. No momento em que cruzarem a porta de entrada, é necessário adotar uma postura profissional. Assim, mesmo com opiniões divergentes, os envolvidos saberão ouvir e avaliar as questões colocadas”, salienta. Quando não houver acordo, o melhor a se fazer, segundo Roberto é ouvir o que os gestores têm a dizer. No caso de negócios de pequeno porte, a busca por uma consultoria e avaliação externa é uma opção interessante.

Mapeamento das ações e regras claras
Antes de deixar a operação, é preciso que o administrador crie, junto com a próxima geração, um plano de sucessão bem definido. Ações estratégicas, compartilhamento de informações e decisões e a criação e um trabalho conjunto devem começar muito antes do afastamento definitivo do fundador. “Essa questão, apesar de ser bastante clara, ainda é ignorada por muitos. O sentimento de posse do negócio faz com que o dono tome a maioria das decisões sozinho, sem comunicar ou integrar os demais nas ações. Aí, somente quando se afasta passa a compartilhar o que está acontecendo. Neste caso, será tarde demais. O mercado é cada vez mais dinâmico e uma ruptura desse tipo afetará a saúde da empresa”, avalia o consultor da Mega.

Auxílio de um profissional
Por fim, Roberto destaca que a contratação de um profissional externo pode ser crucial para a transação bem sucedida. “Alguém que traga uma visão de mercado sem preconceitos sobre a empresa, que olhe os negócios com um olhar mais frio, dará um norte às decisões. Uma consultoria bem feita fará com que o processo ocorra de forma mais tranquila, com decisões maduras e no tempo certo”, conclui.

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Resultados são construídos com disciplina e concentração

Os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro trazem um vasto universo para observação e aprendizado no que se refere ao comportamento humano. Atletas de diferentes nações reunidos após anos de preparação e dedicação para conquistar seus melhores resultados e, consequentemente, a ascensão profissional em suas curtas carreiras.

A excelência no esporte de alto rendimento é algo que depende de inúmeros fatores que se negligenciados certamente frustram toda uma vida de esforço e expectativas. E essa característica está presente também na vida de qualquer profissional.

Quando insisto em traçar paralelos entre esporte e a carreira profissional é porque de fato as analogias são muito claras e válidas. Imagine você que um atleta muitas vezes inicia sua preparação desde a infância, abrindo mão de muitas coisas e buscando construir com disciplina e muita determinação um futuro promissor em um mercado muito concorrido, que é o do esporte de alta performance.

Chegar aos Jogos Olímpicos pode ser o momento ímpar da carreira de um atleta, porém não é a garantia de êxito. Além de enfrentar adversários igualmente talentosos e capacitados, ele ainda encara um fator primordial para construir seu resultado: a concentração.

É esta característica que proporcionará ao atleta o controle de suas emoções e certamente o fortalecerá para encarar os desafios e superar os seus adversários.

Toda a tecnologia que atualmente nos envolve e veio para facilitar a nossa vida, também cria pontos de ruptura nesta concentração dos profissionais e atletas em seu ambiente de trabalho. Afinal, o campo, tatame, piscina, quadra ou arenas, também são ambientes de trabalho.

Treinadores e chefes de delegações correm para manter seus atletas longe das mídias, redes sociais e do avassalador Pokémon Go. Blindar os talentosos e garantir que estejam concentrados para performarem no momento das disputas, passa a ser primordial para que os resultados sejam alcançados.

Nossas empresas enfrentam problemas similares e muitas vezes tentam, sem sucesso, blindar seus profissionais estratégicos e talentosos para que não sofram influências externas e percam a atenção para os resultados.

Não existem motivos para alienação ou posicionamentos autocráticos, porém vivemos um momento que cabe refletir sobre o que estamos fazendo com nossas carreiras. Muitas vezes, treinamos e abdicamos de muitas coisas durante anos de nossas vidas para chegarmos ao momento decisivo e perdermos para nós mesmos ou para o Pokémon Go.