Planejamento empresarial: cinco atitudes fundamentais

É empreendedor ou pretende iniciar o próprio negócio? Tirar esse sonho do papel é desafiador e um dos principais cuidados quando falamos em gestão é o planejamento empresarial. E este é o tema do post de hoje.

Abrir mão da carteira assinada para se aventurar no próprio negócio é uma realidade crescente no Brasil. Só no primeiro semestre de 2018, mais de 1 milhão de novas empresas foram criadas no país, de acordo com o Serasa Experian. O número é oito vezes maior que o registrado em 2010, por exemplo.

Neste novo cenário, saber planejar as ações para conquistar o sonhado sucesso no mundo dos negócios nem sempre é fácil. Confira abaixo cinco dicas para que o planejamento empresarial do seu negócio seja um sucesso:

1 – Empresa familiar: tradição X inovação e a falha no estudo da história

De acordo com o IBGE, 90% das empresas brasileiras são familiares. Nestes negócios, que tradicionalmente são passados de pai para filho, um dos erros mais comuns é a crença de que a tradição deve sempre se sobressair.

Porém, é sempre fundamental rever o planejamento estratégico de tempos em tempos. Portanto primeira atitude no planejamento desse modelo de negócio deve ser o estudo do que deu certo ou errado anteriormente para, a partir daí se investir em inovação. Use esse histórico a seu favor e saia na frente sabendo o que já foi feito e quais os erros e acertos das gerações anteriores.

2 – Negócio legal

Você conhece todas as implicações jurídicas que envolvem a abertura de um negócio, a entrada de uma empresa no comércio exterior ou o lançamento de um novo produto? Quais os impactos de uma campanha que não seja pautada em normas legais relacionadas ao seu negócio?

Antes de colocar em prática aquela ideia que parece genial, pesquise também estas questões. Se possível, conte com apoio de uma consultoria jurídica, mas não lance nada que, de alguma forma, pareça nebuloso. O impacto de uma lei não cumprida ou de uma multa em relação ao descumprimento da legislação pode afetar sua empresa de forma irreversível.

3 – Planejamento empresarial em longo prazo

Saber o que vai acontecer nos próximos meses não é apenas importante, mas a obrigação de qualquer empreendedor quando se fala em planejamento. Pense no que você quer para os próximos anos e tenha assim uma visão macro do que precisará fazer para chegar lá.

Quando pensamos somente em curto prazo acabamos apenas apagando incêndios, sem conseguir canalizar energia para um crescimento sustentável do negócio.

4 – Conte com apoio profissional

Se você pretende ter um direcionamento robusto, busque uma consultoria empresarial. Um profissional não ligado à sua empresa não terá aquela ligação romântica com o empreendimento e poderá trazer uma visão mais realista do mercado. Fica mais fácil ter os pés no chão com este apoio.

5 – Não tenha medo voltar atrás

O dinamismo do mercado é uma realidade e não há vergonha nenhuma em ter que acertar o leme com o barco em plena navegação. Por este motivo é importante que você tenha seu planejamento bem documentado e que ele seja revisto com frequência. Isso garante que, na hipótese de mudanças impactarem a saúde financeira da sua empresa, você tomará as rédeas da situação a tempo, podendo calcular melhor as próximas ações.

 

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Atitudes essenciais para o sucesso na prospecção de clientes

Ampliar o número de consumidores, bater a meta de vendas estipulada e contribuir para o aumento da receita recorrente da empresa são questões comuns na rotina dos vendedores. Mas conseguir prospectar clientes com sucesso é mais desafiador do que se imagina.

Para performar na ampliação dos contatos comerciais é preciso aliar estratégia com estudos frequentes. Mais do que simplesmente ligar para aquele prospect que surgiu na empresa, é preciso preparar uma abordagem certeira.

Com o avanço de ações de Inbound Marketing, por exemplo, as empresas têm em mãos uma série de informações importantes sobre os leads que chegam à área comercial. Saber quem eles são e realizar um estudo prévio entes do contato é fundamental.

O primeiro passo para uma prospecção mais assertiva

Não esqueça que tudo começa pelo seu dever de casa: estudar a fundo o cliente, seja ele empresa ou pessoa física. Isso não significa que você precisa de horas de pesquisa. Um exemplo é de quando um cliente entra em uma loja a procura de um produto específico. Entender se esse consumidor tem família ou mora sozinho, se viaja com frequência, mora em casa ou apartamento pode fazer a diferença. E, muitas vezes, basta observar e prestar atenção ao que ele diz.

Então, esteja atento aos sinais que o seu prospect lhe dá para poder argumentar com propostas que farão sentido a ele. Não adianta tentar vender um sofá de três metros para um jovem que mora sozinho, trabalha e estuda. Mas se você oferecer um produto que esteja alinhado com a realidade dele, com certeza ganhará a confiança – e consequentemente a venda.

Confiança: um elo fundamental

Outra questão imprescindível para o sucesso da prospecção é a confiança transmitida pelo vendedor. Para isso você precisa conhecer a fundo o produto ou serviço que oferece, além da política comercial da empresa. Muitos profissionais ainda pecam em não saber nem o básico sobre o que vendem e até mesmo em oferecer descontos que, no fim das contas, não conseguem dar.

Seja claro e honesto com o seu prospect e ofereça a ele argumentos que mostrem o diferencial da sua oferta.

O limite entre a persistência e o incômodo

Quem recebe ligações constantes de centrais de vendas sabe que, ao ultrapassar o limite da tolerância, a empresa acaba queimando qualquer oportunidade de venda com um prospect. Se na sua abordagem você não enxergar o limite de tolerância do prospect, pode tornar-se aquele vendedor chato que acaba criando uma barreira no consumidor.

Por isso é fundamental estudar previamente o cliente e treinar a abordagem, além de respeitar os limites de cada consumidor. Se não houve abertura para a venda, ofereça a ele materiais sobre seu produto e serviço, coloque-se à disposição.

Nem todo mundo está aberto às vendas e ser persistente deve ser uma característica que anda lado a lado com o respeito ao consumidor.

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Cinco erros comuns na abordagem comercial e como evitá-los

Com as metas estabelecidas, é hora de preparar a abordagem para garantir o volume de negócios esperado. Mas sem estratégia, a carreira de um profissional da área comercial dificilmente decola. O consultor empresarial Roberto Vilela acompanha diariamente casos de fracasso e sucesso quando o assunto é vendas e alerta: existem erros que se perpetuam nesta área e prejudicam empresas em diferentes setores.

“Mais do que ter um bom produto ou serviço em mãos, é necessário observar, estudar, atacar no momento certo e garantir o resultado de forma que o relacionamento com o cliente seja de longo prazo. Por isso é preciso estar preparado e deixar de lado o preconceito de que vender todo mundo sabe. Na realidade, só é bem sucedido na área comercial quem realmente quer fazer carreira no segmento e se dedica para tal”, avalia o consultor.

Roberto lista cinco erros comuns de abordagem e como agir de forma assertiva:

1 – Não se atualizar

Você pode trabalhar há anos com o mesmo produto, ter uma carreira consolidada no setor, mas não irá causar boa impressão se parecer antiquado. “Se atualize sempre. Conheça as novas ferramentas de venda, as soluções digitais, as redes sociais e como utilizá-las. Também estude o mercado e o perfil do consumidor para então perceber de que forma a sua oferta se encaixa. Assim a abordagem já começa certeira”, avalia.

2 – Quebrar o gelo perdendo tempo

Se um empreendedor ou gestor de alto escalão aceitou lhe atender, considere essa atitude como gelo já quebrado. “Ninguém tem tempo sobrando. Cumprimente, seja cordial e até perca um minuto ou dois se familiarizando com o contato. Porém não alongue a conversa com temas triviais, vá direto ao ponto. Cada minuto perdido falando de amenidades é um a menos falando de negócios”, destaca Roberto.

3 – Foco na venda e não na necessidade do cliente

Fechar negócio é o resultado final, mas para que o relacionamento seja de longo prazo é preciso ofertar o produto certo. Não ofereça ou venda só para bater a meta. Vale faturar menos num primeiro momento mas sanar a necessidade do cliente do que ele perceber que a compra foi desnecessária e nunca mais lhe procurar.

4 – Desistir fácil X não desistir nunca

Tenha bom senso. Não dá para fazer um único contato e sumir e também ninguém aguenta uma pessoa que fica cobrando um retorno o tempo todo. “Um vendedor fantasma, que apresenta e some, não lembra o cliente sobre a sua existência, vende tanto quanto o tradicional chato. O segundo é aquele que não sabe a hora de dar espaço ao seu prospect e acaba se tornando inconveniente”, alerta o consultor.

5 – Nunca dizer não X nunca dizer sim

Por fim, Roberto ressalta a necessidade de se conhecer técnicas de negociação. “É importante estudar sempre e ter o apoio de um profissional na formação da equipe será um diferencial. Muitos vendedores perdem oportunidades por não conseguirem identificar o momento de dar desconto ou dizer não. Isso significa que ele pode acabar fazendo negociações sem vantagem alguma para a empresa ou perdendo venda por ser inflexível. Converse com colegas e busque apoio de consultorias e treinamentos para negociar com sucesso”, finaliza.

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O privilégio da atenção

Os avanços tecnológicos nos permitiram acessar e descobrir mundos até então inimagináveis. Barreiras e limites foram rompidos, extrapolados e até mesmo aproximados. Um simples toque passou a ser a menor distância para separar mundos, culturas, histórias e informações. Descobertas fascinantes de um universo que cresce exponencialmente.

Nossa mente divaga e nossos olhos acompanham vitrificados as telas em high definition. Seguimos celebridades, ouvimos e assistimos relatos, curtimos posicionamentos ideológicos, sociais, políticos ou simplesmente rotineiros. Tudo de maneira remota, distante e pseudo-interativa.

Ficamos muito próximos e até mesmo íntimos dos que estão longe. Porém, em muitos dos casos, nos afastamos e muito, daqueles que estão próximos, inclusive na nossa frente. Conseguir instantes de atenção verdadeira e plena, passou a ser um privilégio para poucos e cada vez mais raros. Conversas com as pessoas atentas e olhando nos olhos uns dos outros estão em extinção!

Nunca fomos tão distraídos, superficiais e voláteis como atualmente. Falamos, respondemos e inclusive decidimos com uma atenção questionável no que se refere aos fatos e seus interlocutores. Talvez seja o momento de parar, refletir e ajustar o ritmo para não perder o controle da situação.

Não podemos negligenciar todos os benefícios e avanços que a tecnologia nos proporciona e continuará disponibilizando. Porém, vale lembrar que a disciplina, o foco e a atenção sempre acompanharam as pessoas de sucesso e que se diferenciaram em meio aos iguais.

Equilibrar os momentos “analógicos” e “digitais” da vida pode ser a resposta para muitos de nossos problemas ou angustias do futuro.

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Precisa mesmo comentar?

Vivemos um momento de mudanças radicais em todos os setores. Nosso cotidiano é bombardeado de notícias, a maioria pouco agradáveis. Uma série de novidades são geradas e compartilhadas em larga escala pelas diferentes mídias disponíveis no mundo moderno.

Lidar com todo este volume de informações não é uma tarefa simples e exige um pouco de bom senso de todos os lados. Os simpatizantes da informação instantânea, sucinta e geralmente acompanhada de uma imagem, produzida com mais cuidado e atenção do que o próprio conteúdo, sentem-se na obrigação de consumir em larga escala esta enxurrada de novidades e “verdades”.

Fico sempre temeroso com esta situação, pois notadamente muitos dos conteúdos são extremante superficiais e sem base de pesquisa ou até mesmo credibilidade. Na mesma direção também surge a ideia fixa de que precisamos comentar quase tudo o que lemos e supostamente acreditamos que entendemos.

Alguns profissionais levam décadas pesquisando e desenvolvendo teses e conteúdos e quando divulgam para o mercado, são questionados e comentados por uma parte da audiência que sequer entende do que de fato trata o assunto.

Que fique claro, não sou contra comentários. Entendo que críticas e feedbacks são fundamentais para que consigamos evoluir e aprimorar nossas ideias e comportamentos.

O problema é você observar uma série de impropérios e divagações sem fundamento, sendo compartilhadas por “Especialistas em Coisa Nenhuma”. Precisamos valorizar cada vez mais o conhecimento, a pesquisa e o saber.

Não podemos perder este senso de qualidade e principalmente, a vontade de cada vez mais buscar melhores e consistentes informações. Já é hora de aprimorarmos os argumentos e melhorarmos o nosso nível intelectual. Precisamos ler mais e até o final da notícia!

É necessário questionar o conteúdo com base fundamentada e não apenas porque observamos um comentário negativo em redes sociais. A virada econômica, social e o crescimento de um país, perpassa pelo conteúdo e lastro intelectual de seus habitantes. Faça a sua parte: leia, entenda, discuta, questione, porém sempre com base sólida e consistente.

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Erros e acertos de quem decide empreender na crise

Para o consultor empresarial Roberto Vilela, o período de instabilidade econômica pode alavancar alguns setores, mas também trazer decepção para quem resolve abrir um negócio por necessidade

Com mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE, o Brasil vive um momento complicado economicamente. E para muitos profissionais, a falta de ocupação em suas carreiras pode significar o momento de colocar em prática aquele plano de empreendedorismo que ficou esquecido.

Além disso, segundo o consultor empresarial Roberto Vilela, o momento também traz desafios para quem já conta com um negócio consolidado e coloca em cheque as suas habilidades frente à empresa. “Agora, mais do que criatividade e força de vontade, é preciso estar disposto a dar um passo a mais para continuar obtendo sucesso”, explica.

Erros comuns neste período

Para Roberto, investir as economias apenas por necessidade de garantir a renda contínua é um equívoco bastante comum. “Muita gente acaba gastando o que recebeu da sua rescisão ou o que tinha na poupança para abrir um negócio. Isso ocorre sem pesquisa, planejamento ou estudo. E aí é difícil manter a estabilidade nos primeiros desafios”, explica.

Outra questão que é fatal para muitas empresas é acreditar que continuar agindo da mesma forma surtirá um efeito positivo. “O mercado e o consumidor mudaram. Existe uma nova necessidade, as pessoas pensam duas vezes antes de gastar e o empreendedor precisa se reinventar, investir em outras abordagens e ferramentas que o façam se aproximar do seu público-alvo”, comenta. O consultor indica ainda que as ferramentas digitais, como aplicativos de bate-papo e redes sociais sejam utilizadas para promover o negócio – sempre com bom senso, respeitando os horários de descanso do público ou a quantidade de informações enviadas.

Acertos que fazem a diferença

Além de inovar e estar atento as novas formas de consumo e necessidades do seu público-alvo, o empreendedor pode adotar estratégias que o ajudarão a passar pela crise. Preparar a equipe para atender melhor e focar na experiência oferecida para o consumidor é uma das principais indicações de Roberto.

“Muita gente acaba reduzindo investimentos em treinamentos durante a crise. Na verdade é justamente nesta época que os trabalhadores precisam estar ainda mais preparados. Além disso, contar com apoio profissional, seja no início de um negócio ou no dia a dia auxilia na tomada de decisões e estratégias mais certeiras”, aconselha.

O consultor ressalta ainda que, ao criar metas, é fundamental que elas tenham periodicidade menor em época de crise. “Isso vale também para o planejamento da empresa, que precisa ser revisto a cada mês ou bimestre. Com essa análise é possível redefinir algumas ações e ajustar a rota, garantindo que o negócio sobreviva e esse período instável”, finaliza.

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Sete dicas para aproveitar o segundo semestre e alavancar as vendas

Além de analisar os resultados colhidos nos seis primeiros meses de 2017, o atual momento pede de empreendedores e gestores um plano de ações para otimizar os rendimentos no segundo semestre. Mais do que vender, é preciso desenvolver uma atuação que garante às empresas ganhos financeiros satisfatórios, além de auxiliar os profissionais a alcançarem seus resultados pessoais.

Para isso, o consultor e diretor da Mega Empresarial, Roberto Vilela, lista sete dicas que devem fazer parte da rotina das empresas brasileiras. São elas:

1 – Fique de olho nas datas comemorativas: Dia dos Pais, Dia das Crianças, mudança de estação, Natal, Ano Novo. O que não faltam a partir de agora são datas que podem ser utilizadas por empresas de diferentes segmentos para aquecer as vendas. “Basta observar as vitrines no comércio ou as estratégias de grandes varejistas. Não dá pra fugir e criar ações de marketing voltadas exclusivamente para essas comemorações é uma estratégia bastante assertiva”, destaca Roberto.

2 – Prepare a equipe: o consultor enfatiza ainda que é preciso investir no time de vendas. Seja através de palestras, treinamentos ou reuniões periódicas, a atualização dos profissionais precisa ser uma constante nas companhias. “Se o seu vendedor não conhecer a fundo do produto, serviço ou negócio da empresa, bem como seu planejamento, dificilmente conseguirá ter bons resultados”, alerta.

3 – Reveja o planejamento: para Roberto, esta também é a época ideal para rever aquilo que foi traçado no início do ano. Uma readequação de metas, de acordo com a economia ou outros fatores que não possam ser controlados, segundo ele, é ideal.

4 – Atendimento pessoal e personalizado: mais do que vender, é importante criar um relacionamento com o consumidor. “Atentar aos gostos e necessidades do cliente, seja ele empresa ou pessoa física, precisa ser uma prática comum. Para isso, não se acanhe em fazer anotações sobre o perfil do comprador que acabou de atender, deixando em sua agenda alertas para novos contatos assim que tiver disponível produtos de interesse dele”, aconselha.

5 – Reative o contato com prospects: o consultor da Mega também ressalta que em tempos de crise é preciso estar atento ao mailing e não deixar para depois aquele contato com quem já foi ou pode vir a ser cliente.

6 – Atenção ao estoque: para quem está com muita mercadoria armazenada, a melhor opção é a realização de ações para reduzir este acúmulo. “Avalie a possibilidade de ofertas exclusivas para determinados produtos, preços reduzidos, melhor oferta de parcelamento e outras condições de pagamento. Estoque parado é sinônimo de dinheiro perdido”, comenta.

7 – Utilize novas ferramentas de vendas: por fim, Roberto lembra da importância de utilizar a tecnologia a favor das vendas. “Com bom senso e respeito aos horários, claro, aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais garantem proximidade com o consumidor. Esses mecanismos estão ganhando as áreas comerciais e são grandes aliados para manter o cliente sempre informado e estreitar os contatos com ele”, conclui.

Sobre o consultor
Especialista nas áreas de gestão e estratégias comerciais, Roberto Vilela é diretor da Mega Empresarial. A empresa tem 17 anos de experiência e atua em todo o Brasil com clientes de médio e grande porte, com serviços de headhunting, consultoria comercial, treinamentos vivenciais e palestras. É também autor do livro Em busca do ritmo perfeito, em que traça um paralelo entre as lições que vivenciou no mundo das corridas e o dia a dia nos negócios

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Pare de Cavar!

Na medida em que os meses avançam e observamos que o final do túnel ainda está distante, uma atmosfera negativa e de angústia atrapalha o equilíbrio emocional de boa parte dos profissionais que estão conduzindo suas empresas e equipes.

A retomada e a aceleração do mercado ainda estão muito tímidas e catalisam o sofrimento e preocupação de muitos executivos e empreendedores. Considero este momento sempre muito delicado e desafiador para todos que estão imersos neste universo dos negócios, inclusive para os consultores.

Nesta hora ou fase, se faz necessário tomar uma série de decisões complexas e o equilíbrio emocional passa a ser fundamental para aumentar a assertividade. Também observo que a ansiedade em ver o final deste túnel proporciona algumas ações e reações que provocam resultados ainda mais catastróficos.

Portanto, precisamos manter a mente muito oxigenada, medir com atenção cada passo a ser dado e assim não cavar ainda mais este buraco. A resiliência, que é a capacidade de voltar à antiga forma após ter sido submetido a uma pressão ou choque, nunca foi tão importante. Profissionais que possuem esta característica em seu perfil são fundamentais neste momento de virada de chave e interrupção da queda nos resultados.

Não há dúvidas de que a resiliência pode e deve ser aprimorada. Portanto, o tempo de estrada e a experiência com situações similares, ajudam e muito o profissional a potencializar esta habilidade em seu perfil.

Mantenha a mente aberta para a inovação e esteja disposto a investir na criatividade. Por mais assustador que possa ser o ato de reinventar-se ou até mesmo fazer uma reengenharia em seus processos, produtos ou mercado, o risco compensa e pode oportunizar um novo horizonte para seus negócios.

Definitivamente, este não é o momento para se ficar parado e esperando tudo voltar ao normal. Inclusive porque este suposto normal já deixou de existir e a imagem após o final deste túnel será outra!

Fica a sugestão então para pararmos de cavar e concentrarmos nossas energias para inovar e ajustar nossas estratégias. Somente assim, no momento desta nova largada de mercado, estaremos alguns passos à frente de nossos concorrentes e aumentaremos nossas probabilidades de êxito.

* Roberto Vilela é consultor empresarial e especialista nas áreas de gestão de negócios e estratégias comerciais. Em 2000 fundou, junto com Berenice Cristina Buerger, a Mega Empresarial. Localizada em Blumenau (SC), mas com atuação em todo o Brasil, a consultoria trabalha com headhunter, consultoria comercial, treinamentos vivenciais e palestras. Em muitos dos trabalhos que realiza, alia a paixão pela corrida, que pratica regularmente há mais de seis anos, às lições que a prática traz para os negócios.

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A confiança catalisa a gestão

Na medida em que aumentam as expectativas com relação a possível retomada do mercado e consequente aquecimento das vendas, inúmeros são os momentos de insegurança e incertezas por parte dos gestores das empresas.

O fato de que muitos estão pela primeira vez enfrentando uma crise de tamanha magnitude e importância, o pouco tempo de estrada no que se trata a experiência de gestão, se somam a ansiedade de ter que ser a referência de sua companhia.

Este cenário é extremamente estressante e pode provocar a potencialização de algumas dificuldades em decorrência da falta de equilíbrio emocional. Manter a tranquilidade, preparar o corpo e a mente podem ser alternativas práticas e eficazes na busca pelo controle e retomada da confiança.

Aliás, a confiança nesta fase passa a ser um dos principais elementos catalisadores do processo de gestão. O gestor com confiança costuma demonstrar segurança para sua equipe até mesmo em momentos de percalços ou derrotas.

Confiar na própria capacidade e transmitir esta confiança para que os demais integrantes da equipe possam ousar, é premissa básica para que sejamos criativos, inovadores e atrevidos em nossas estratégias e decisões.

Sempre reforço de que o atrevimento quando associado com um sólido lastro de conhecimento, ajuda e muito os bons profissionais que desejam se diferenciar no mundo de tantos iguais.

Dividir as metas em pequenas tarefas ou submetas certamente será uma boa estratégia para que possamos aumentar o índice de nossa confiança na empresa, mercado e decisões.

Na medida em que estas etapas de construção da grande meta são superadas e devidamente comemoradas com a equipe, você inicia uma corrida mais segura e firme na direção da confiança e sucesso.

Existe uma metáfora na gestão que comenta a respeito de que precisamos dividir o elefante em pequenos pedaços para que o mesmo seja comido. Nosso elefante a ser comido muda de tamanho e nome a cada desafio, porém a metodologia para superar o obstáculo é a mesma, pedaço por pedaço, gradativamente e com confiança.

Não fuja ou desista quando surgirem desafios que lhe parecem imensos ou até mesmo insuperáveis.

Analise o cenário de maneira plena, considere todas as possibilidades, defina prioridades, divida o desafio e esteja preparado para derrotas e retomadas ao longo da trajetória.

Não tenha dúvida de que, na medida em que suas conquistas acontecem, sua confiança aumenta e catalisa sua performance na gestão de seus negócios.

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Diferentes, porém muito similares

Vivemos uma era de busca constante por individualidade, singularidade, por ser único e pleno. As pessoas discursam de maneira entusiástica sobre sua personalidade, comportamento, anseios, expectativas e necessidades. Quando deixamos de lado a vida pessoal e observamos o ambiente corporativo e mercado, não percebo tamanha singularidade ou exclusividade no que se refere a maneira de pensar, agir ou empreender.

O mundo corporativo ainda causa desconfiança, medo e até mesmo aquela necessidade de seguir a tendência. O comportamento mais comedido, minimizando os riscos e até mesmo o atrevimento ainda impera. As “modas” surgem e os empreendedores de ocasião e pouca inspiração, seguem!

Alguns negócios se multiplicam de maneira assustadora, até esgotar quase que completamente o processo e aquela oportunidade vista como o Oceano Azul, rapidamente se torna um denso e agressivo Mar Vermelho.

A qualidade, serviço e a exclusividade passam a ser secundários e então voltamos ao ponto de origem onde o preço, muitas vezes elaborado sem a base adequada de análise, norteia o sucesso ou fracasso do empreendimento.

Queremos a individualidade e a singularidade em nossas vidas pessoais, mas seguimos a “manada” na hora de empreendermos. Os conceitos, as pesquisas de potencial de mercado e uma série de outras assertivas ferramentas para auxiliar no momento de elaborar um plano de negócio, passam para segundo plano quando existe aquela euforia e até mesmo ansiedade de surfar uma onda que muitas vezes já se transformou em marola.

Somos bombardeados por negócios que abrem e fecham mais rapidamente do que o tempo que levam para providenciar a documentação nas juntas comerciais.

Esteja mais seguro no momento de investir seu tempo e recursos economizados ao longo de anos. Não seja precipitado, tampouco influenciado por projetos que não possuem a consistência e estudos adequados para lhe conferir mais segurança no momento de empreender. Procure ajuda e não tenha receio em demonstrar suas dificuldades, pois se você não fizer antes, certamente elas serão potencializadas futuramente.