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Precisa mesmo comentar?

Vivemos um momento de mudanças radicais em todos os setores. Nosso cotidiano é bombardeado de notícias, a maioria pouco agradáveis. Uma série de novidades são geradas e compartilhadas em larga escala pelas diferentes mídias disponíveis no mundo moderno.

Lidar com todo este volume de informações não é uma tarefa simples e exige um pouco de bom senso de todos os lados. Os simpatizantes da informação instantânea, sucinta e geralmente acompanhada de uma imagem, produzida com mais cuidado e atenção do que o próprio conteúdo, sentem-se na obrigação de consumir em larga escala esta enxurrada de novidades e “verdades”.

Fico sempre temeroso com esta situação, pois notadamente muitos dos conteúdos são extremante superficiais e sem base de pesquisa ou até mesmo credibilidade. Na mesma direção também surge a ideia fixa de que precisamos comentar quase tudo o que lemos e supostamente acreditamos que entendemos.

Alguns profissionais levam décadas pesquisando e desenvolvendo teses e conteúdos e quando divulgam para o mercado, são questionados e comentados por uma parte da audiência que sequer entende do que de fato trata o assunto.

Que fique claro, não sou contra comentários. Entendo que críticas e feedbacks são fundamentais para que consigamos evoluir e aprimorar nossas ideias e comportamentos.

O problema é você observar uma série de impropérios e divagações sem fundamento, sendo compartilhadas por “Especialistas em Coisa Nenhuma”. Precisamos valorizar cada vez mais o conhecimento, a pesquisa e o saber.

Não podemos perder este senso de qualidade e principalmente, a vontade de cada vez mais buscar melhores e consistentes informações. Já é hora de aprimorarmos os argumentos e melhorarmos o nosso nível intelectual. Precisamos ler mais e até o final da notícia!

É necessário questionar o conteúdo com base fundamentada e não apenas porque observamos um comentário negativo em redes sociais. A virada econômica, social e o crescimento de um país, perpassa pelo conteúdo e lastro intelectual de seus habitantes. Faça a sua parte: leia, entenda, discuta, questione, porém sempre com base sólida e consistente.

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