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Erros e acertos de quem decide empreender na crise

Para o consultor empresarial Roberto Vilela, o período de instabilidade econômica pode alavancar alguns setores, mas também trazer decepção para quem resolve abrir um negócio por necessidade

Com mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE, o Brasil vive um momento complicado economicamente. E para muitos profissionais, a falta de ocupação em suas carreiras pode significar o momento de colocar em prática aquele plano de empreendedorismo que ficou esquecido.

Além disso, segundo o consultor empresarial Roberto Vilela, o momento também traz desafios para quem já conta com um negócio consolidado e coloca em cheque as suas habilidades frente à empresa. “Agora, mais do que criatividade e força de vontade, é preciso estar disposto a dar um passo a mais para continuar obtendo sucesso”, explica.

Erros comuns neste período

Para Roberto, investir as economias apenas por necessidade de garantir a renda contínua é um equívoco bastante comum. “Muita gente acaba gastando o que recebeu da sua rescisão ou o que tinha na poupança para abrir um negócio. Isso ocorre sem pesquisa, planejamento ou estudo. E aí é difícil manter a estabilidade nos primeiros desafios”, explica.

Outra questão que é fatal para muitas empresas é acreditar que continuar agindo da mesma forma surtirá um efeito positivo. “O mercado e o consumidor mudaram. Existe uma nova necessidade, as pessoas pensam duas vezes antes de gastar e o empreendedor precisa se reinventar, investir em outras abordagens e ferramentas que o façam se aproximar do seu público-alvo”, comenta. O consultor indica ainda que as ferramentas digitais, como aplicativos de bate-papo e redes sociais sejam utilizadas para promover o negócio – sempre com bom senso, respeitando os horários de descanso do público ou a quantidade de informações enviadas.

Acertos que fazem a diferença

Além de inovar e estar atento as novas formas de consumo e necessidades do seu público-alvo, o empreendedor pode adotar estratégias que o ajudarão a passar pela crise. Preparar a equipe para atender melhor e focar na experiência oferecida para o consumidor é uma das principais indicações de Roberto.

“Muita gente acaba reduzindo investimentos em treinamentos durante a crise. Na verdade é justamente nesta época que os trabalhadores precisam estar ainda mais preparados. Além disso, contar com apoio profissional, seja no início de um negócio ou no dia a dia auxilia na tomada de decisões e estratégias mais certeiras”, aconselha.

O consultor ressalta ainda que, ao criar metas, é fundamental que elas tenham periodicidade menor em época de crise. “Isso vale também para o planejamento da empresa, que precisa ser revisto a cada mês ou bimestre. Com essa análise é possível redefinir algumas ações e ajustar a rota, garantindo que o negócio sobreviva e esse período instável”, finaliza.

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